(photo de Carlos Matos)
Da varanda vejo-os passar sempre casmurros, acenando obscenidades com os iguais que gratos pela deferência, respondem de igual modo.
Desopilam o fígado, eleva-se-lhes o ego e sentem-se heróis perante a descendência que acompanham, também estes com uns repelões, gritos e insultos à mãezinha.
Geneticamente calmo, com uma paixão assolapada pela cordialidade, justiça e humanidade, tento perceber o porquê.
Outrora, vivendo na minha Vila Real, com o Avô Heitor aprendi aqueles fundamentos como se de uma religião se tratasse.
Nunca o ouvir levantar a voz, fosse para o que fosse! e até os ralhos eram serenos, obrigando a posterior meditação!
Mesmo assim nunca se inibiu de no seu "Vilarealense", desancar naqueles que por ocupação de cargo político, administrativo ou simplesmente prepotência, atentassem contra a sua cidade ou elementares deveres de cidadania , em prol de justiça e urbanidade.
Lembro as tertúlias políticas, musicais ou ambas na velha e já morta Pharmácia Mattos, de tardes e noites memoráveis em que o meu "velho" Heitor e o seu núcleo duro de amigos, transformavam o estabelecimento em sala de concertos e deleite.
Só não havia piano porque não cabia!
Na velha casa de família, pianos eram 3.
Um, para mim miúdo, era uma coisa enorme! chamavam-lhe de cauda. Os outros eram verticais.
Imaginam-se os serões!
Era aqui que a "velha" e assustadora Tia Saudade, dava aulas de piano aos petizes.
Eu nunca aprendi nada!
Nas noites geladas de Inverno, após ouvir-se obrigatoriamente durante o jantar, as noticias no rádio, seguia-se cavaqueira amena (às vezes acalorada pela parte da Avó Theresa que era doente do fígado!) à roda da braseira, tendo como pano de fundo SEMPRE a música dita clássica, sintonizada na onda média da Antena 2 que o Avô Heitor, de pé, regia com alma.
Assim aprendi a gostar deste género de música, embora não seja nem pouco-mais-ou-menos, um melómano!
E também a ser compreensivo, ser o mais calmo possível e agradecer ao meu Deus a vida que apesar de pregar uns sustos de quando em vez, tem sido boa e farta de Amigos.
Gosto de andar à boleia do meu Silêncio.
Vou!
Desopilam o fígado, eleva-se-lhes o ego e sentem-se heróis perante a descendência que acompanham, também estes com uns repelões, gritos e insultos à mãezinha.
Geneticamente calmo, com uma paixão assolapada pela cordialidade, justiça e humanidade, tento perceber o porquê.
Outrora, vivendo na minha Vila Real, com o Avô Heitor aprendi aqueles fundamentos como se de uma religião se tratasse.
Nunca o ouvir levantar a voz, fosse para o que fosse! e até os ralhos eram serenos, obrigando a posterior meditação!
Mesmo assim nunca se inibiu de no seu "Vilarealense", desancar naqueles que por ocupação de cargo político, administrativo ou simplesmente prepotência, atentassem contra a sua cidade ou elementares deveres de cidadania , em prol de justiça e urbanidade.
Lembro as tertúlias políticas, musicais ou ambas na velha e já morta Pharmácia Mattos, de tardes e noites memoráveis em que o meu "velho" Heitor e o seu núcleo duro de amigos, transformavam o estabelecimento em sala de concertos e deleite.
Só não havia piano porque não cabia!
Na velha casa de família, pianos eram 3.
Um, para mim miúdo, era uma coisa enorme! chamavam-lhe de cauda. Os outros eram verticais.
Imaginam-se os serões!
Era aqui que a "velha" e assustadora Tia Saudade, dava aulas de piano aos petizes.
Eu nunca aprendi nada!
Nas noites geladas de Inverno, após ouvir-se obrigatoriamente durante o jantar, as noticias no rádio, seguia-se cavaqueira amena (às vezes acalorada pela parte da Avó Theresa que era doente do fígado!) à roda da braseira, tendo como pano de fundo SEMPRE a música dita clássica, sintonizada na onda média da Antena 2 que o Avô Heitor, de pé, regia com alma.
Assim aprendi a gostar deste género de música, embora não seja nem pouco-mais-ou-menos, um melómano!
E também a ser compreensivo, ser o mais calmo possível e agradecer ao meu Deus a vida que apesar de pregar uns sustos de quando em vez, tem sido boa e farta de Amigos.
Gosto de andar à boleia do meu Silêncio.
Vou!
Sem comentários:
Enviar um comentário