terça-feira, agosto 02, 2005

O Faz Tudo convoca



Ontem o Governo despediu o presidente da CGD, substituindo-o, alegadamente porque a relação de confiança entre aquela instituição e o sócio estado, se tinha quebrado! (justa causa)

Ok! Está certo!
Assim mandam as regras!

Mas, se mal que o pense, o Faz Tudo sabe algumas coisas:

É sócio deste País, com mais uns 10 milhões!
Nomeou este governo como gestor das fortunas que todos injectamos, com a condição de serem bem geridas!
Não parece à maioria dos sócios que o desempenho tenha vindo a ser o melhor, mais ainda se pensarmos que o conselho de administração se propõe fazer obra, com a qual a dita maioria está em desacordo!
Sabe também que tornaram obrigatórias certas medidas para as quais, o dito, não tinha sido mandatado!
As finanças e economia estão pelas horas da amargura.
Os sócios cada vez mais tesos e sem verem dividendos, antes pelo contrário, sempre a meter dinheiro!

Podia continuar por aí fora!

Mas nem vale a pena!

Tão só gostaria de lembrar que em qualquer sociedade, com conselho de administração ou gerente, os sócios em assembleia-geral, podem destitui-lo!
E substitui-lo!

Então como poderemos, no caso concreto, mandar às malvas, ou pentear macacos, o actual presidente do conselho de administração do estado e respectiva comitiva?

Quem arrisca a convocar a assembleia-geral, com ponto único e bem definido?:
1 – a) Avaliação do trabalho.
b) Nomeação de novo conselho de administração.

Bem que o Faz Tudo e talvez a maioria dos sócios estivessem interessados nisso!

PS:
Já sabe, vêm dizer que é a Assembleia da República!
Só para rir!

8 comentários:

maria disse...

Difícil é fazer a grande maioria de "sócios" perceber que tem importância na "sociedade"... há por cá demasiada procuração "passada a ninguém" e gente (des)contraída a contorcer-se sem saber bem determinar onde tem a farpa espetada... julgando apenas que é no bolso.

Ant.º das Neves Castanho disse...

Muito bem, Maria!

Caro solrac, vamos a isto! Mas a nossa assembleia não pode ser assim como a «REVOLTA NA BOUNTY»: Não basta culpar o "timoneiro" por o navio estar à deriva! Se não nos for apresentado "outro" mais competente (e como tal reconhecido pela maioria dos marujos...), tirar o homem do leme e castigá-lo só acabará por provocar o naufrágio da embarcação...

Estará disposto a formar um "partido" e apresentar-se à assembleia com um programa concreto?

E eu até lhe posso dar já algumas contribuições, de carácter "estatutário": em primeiro lugar, defendo que, como nas sociedades por quotas, os votos de cada "sócio" sejam proporcionais às suas contribuições para o Tesouro (isto é, aos impostos que paga!). Já alguma vez pensou nisso? Que quem gere a nossa riqueza comum deveria ser eleito proporcionalmente à contribuição de cada qual para a mesma? É disto que se deveria falar, das coisas sérias, e não dos "factos políticos", a que infelizmente os nossos medíocres comentaristas políticos nos habituaram...

Já que me desafiou a isto, sempre lhe explicito, agora em tom mais sério, a minha sugestão: nas eleições que têm a ver com o poder executivo (nomeadamente para o Governo e para os Presidentes das Câmaras), acho que seria da maior JUSTIÇA não se utilizar a regra um homem-um voto, mas sim a da proporcionalidade face ao pagamento dos impostos! Afinal de contas, quem é que contribui para o O. E.? Tenho a certeza de que muita gente poria os seus impostos em dia (ou perderia quase o direito de voto...).

Claro que para outro tipo de poderes, por exemplo o Legislativo (Assembleia da República), deveria continuar e votar-se como actualmente (um homem/um voto)...

Mas isso implicaria, obviamente, uma mudança de sistema, de forma a que a Assembleia Legislativa fosse eleita numa eleição e o Governo noutra (o que me parece muito mais óbvio - é aliás o que acontece nos E. U. A. e em França, ou seja, nos regimes ditos presidencialistas).

Assim se poderia votar, por exemplo, numa lista de deputados de um partido (com o qual se tivesse afinidade ideológica ou programática) e, para o Governo, numa outra equipa e num outro canditado a Primeiro-Ministro (com os quais houvesse uma identificação pragmática, em termos de avaliação da respectiva competência!).

Como, aliás, já se pode fazer nas eleições autárquicas (votar num Partido para a Assembleia Municipal e noutro para a Câmara Municipal)!

Que acha disto?

A. Castanho, pagador de impostos (e de multas!) e votante em todas as eleições (excepto nas Legislativas de 83).

graziela disse...

posso delegar em ti o meu voto, que és mais sábio e interessado nesta coisa da política? (a mim parece-me que não há por onde escolher)
um abraço
graziela

Carlos de Matos disse...

... obrigado a todos os Fazedores!

... graziela:
obrigado pelo teu apoio!

... maria:
as farpas são atiradas quase indiscriminadamente! acertam onde calha, mas ainda há que escape!

... a. castanho:
em muito concordo contigo!
o meu post queria tão só abrir as mentes e obrigá-las a pensar!
pelos vistos já tu o tinhas feito! é sinal de uma boa cidadania!
prometo debruçar-me no teu texto, mas terá que ser mais logo, pois agora tenho de sair e o tempo urge!


Xi

Jorge disse...

Nada já me espanta em Portugal.
E hoje foram batidos todos os records, com mais uma nomeação do Sr. Armando Vara, ex modesto escriturário da Previdência,para cargo d egrande importância e por certo muito bem pagp.
É caso para dizer que mais uma vez vale a pena ter cartão partidário e lamber botas a quem pode devolver a gentileza de forma generosa.
Enfim! Esta é a porra do País em que temos de continuar a vegetar.

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Mil gracias. La clave estaba en la palabreja "Edit". Obrigada.
Paciencia y ánimo para todo lo que acontece en vuestro país.

isabel mendes ferreira disse...

ei, então? foste à Cidade dos Objectos ou não? preciso que entres por lá e me digas se te sentes bem ou não... vá vai lá...é mesmo mesmo já ali ao virar da tua esquina....beijos ah e o meu bolo?

Maria Papoila disse...

Julgo que o maior problema seria descobrir alguém realmente competente para os substituir.
Conheces algum político português realmente competente?
Eu confesso que não.

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