
Domingo, habitual dia de melancolia, tristeza suave, nervoso miudinho, o último de uma sequência, onde há sempre algo para fazer, para programar, para resolver, é passado entre idas à sala, à cozinha, ao café mais perto, à leitura do jornal e revista apêndice, ao zapping na TV., sem forças para ver um DVD!
Põe-se um disco calmo de um Jazz feminino.
Vai-se ouvindo, entranhando-se, por vezes até estranhando-se!
Passa lento, acelerando à medida que se vai aproximando do fim!
Há saudades de um fim-de-semana completo, a começar numa sexta às 6 da tarde e acabar quando forem 1 ou 2 da manhã, de Domingo, sem destinos ou objectivos traçados!
Apenas sem ter que olhar o relógio e pensar na segunda, com tudo o que isso implica!
O escritório, o tirano chefe, não deixa a mente livre tanto tempo!
Vai sendo tempo de pôr cobro a esta sensação de desconforto, de arritmia cardíaca, almejando por uma reforma saudável para o físico, mas principalmente para a cabeça e … família!
Já são muitos anos a dar ao pedal e a “virar frangos”!
A companheira está mesmo a precisar!
O cansaço estampa-se no rosto!
O Faz Tudo, contudo, não está muito esperançoso, pois com as medidas e actual economia, vê a coisa preta!
Lá terá que continuar a bulir, até Deus sabe quando!
Enfim, está a ser mais um Domingo!