Sem pedir autorização, decalco da Maria Marota (perdoa!), este esplendoroso excerto do poema de Teixeira de Pascoaes, Elegia do Amor, em Vida Etérea, para que nunca nos esqueçamos de amar! amar!
sempre! sempre!
Lembras-te, meu amor,
Das tardes outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu triste, meditava
Na vida, em Deus, em ti…
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos…
Erravam, pelo Azul,
Canções do fim do dia.
Canções que, de tão longe,
O vento vagabundo
Trazia, na memória…
Pode e deve ser lido na totalidade a partir da página 89 do site aqui linkado.
3 comentários:
sim, lembro-me! há sentimentos que vivem eterna e infinitamente na nossa vida.
Ai! que falta está por aí a fazer uma certa libelinha...
Por aqui também está a fazer muita falta...
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