Sinteticamente, o Faz Tudo crê que a falta de aproveitamento em matemática, no ensino secundário, tem três razões de ser fundamentais:
1
A Aritmética (base da matemática) ensinada nas primárias ou básicas, não o é!
2
Os professores da cadeira, pouca ou nenhuma pedagogia terão para a ensinar!
3
A metodologia utilizada está completamente fora das realidades!
4
Que perdoem ao Faz Tudo os bons (alunos e professores)!
5
Disse!
1
A Aritmética (base da matemática) ensinada nas primárias ou básicas, não o é!
2
Os professores da cadeira, pouca ou nenhuma pedagogia terão para a ensinar!
3
A metodologia utilizada está completamente fora das realidades!
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Que perdoem ao Faz Tudo os bons (alunos e professores)!
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Disse!
8 comentários:
Se a metodologia de ensino é igual numa turma de vinte ou mais alunos como justificar o aproveitamento de uns e o chumbo de outros? Será deficiência do ensino ministrado ou apenas do aluno?
Culpar alguém seja quem for: aluno ou professor, não será demasiado redutor?
Não sei! Alguém saberá?
...também está provado que há quem temha mais inclinação para aprender quie outros.
...contudo acho que deve haver qualquer coisa de estranho para haver 70% de raposas!!!
xi
O que é estranho e pelos vistos ninguém fala disso, é a tormentosa e leviana constante dos métodos pedagógicos, que considera grande culpada da miséria a que o ensino chegou. Claro que não falo de aprender rios e apeadeiros, mas destruir tudo primeiro sem consciência dos resultados, isso sim foi grav+issimo. Encontrara agora os responsáveis é sim um problema insolúvel.
Faltam palavras . Depois te explico.
E porque será que todos se preocupam com a pedagogia? Há alguns anos o pedagogo, entre a ameaça e o ar de desprezo, dizia: « - O menino vá para casa e estude!». A malta, com maior ou menor rigor, lá obedecia e o certo é que a coisa acabava por resultar. Aos poucos esta pedagogia foi sendo substituída por um terno e adocicado, para não dizer pegajoso, « - Se te esforçares, consegues; até tens capacidade...». E pronto está tudo estragado. O esforço faz-se em qualquer altura e a qualquer tempo menos no momento presente, naturalmente. Quem não teve 15 anos? Contam-se pelos dedos os jovens que nesta idade vão ligeirinhos para casa estudar de livre vontade. Quem não se lembra como foi há alguns anos? É mau que assim seja? Não de maneira nenhuma. Todavia agradeço do fundo do coração as reguadas que apanhei na Instrução Primária e as imposições e ameaças, mais ou menos veladas, dos que foram meus professores. É claro que também não esqueço uma professora pedagogicamente mais liberal e ternurenta que tive: não fiz nenhum e até dispensei do exame final! Fenómeno certamente!
Resumindo e baralhando. Os professores têm que ser competentes, é verdade. Mas a regra também se aplica aos alunos. E, que não subsistam dúvidas, neste último caso a competência passa certamente pelo estudo. Sempre assim foi e sempre assim será, queiramos ou não. Teorizar muito sobre o assunto não me parece ser o mais profícuo. REvisitem-se os programas escolares, façam algumas actualizações, dotem-se as escolas de algum material e melhores condições, etc ..., mas façam o favor de criar condições para que os alunos percebam que é necessário estudar, por muito desagradável que isso possa ser.
Esta conversa tem muito para ser dito. Acredito que a maior parte das pessoas terá mais ou menos razão, no meu modesto ponto de vista. Tudo tem virtudes e defeitos. Acho que a responsabilidade não deverá ser atribuída aos alunos e aos professores. Culpar o Sistema também não me parece salutar, mas que tem a sua influência, tem seguramente. A constante recolocação dos professores, o constante atraso no início das aulas o qual difere de escola para escola, a educação que os meninos também trazem de casa, a má ou inadequada formação de alguns professores influenciam obviamente este péssimo desempenho na Matemática.
Não sou adepto das "reguadas" do antigamente. Não. De forma alguma. Não é "à pressão" que se aprende ou se assimilam coisas. Por outro lado, a largueza hoje existente no ensino secundário, bem como o facilitismo também não é positiva.
Gostaria de saber qual a diferença entre os alunos de hoje e os do meu tempo, por exemplo? Qdo fiz o 12º ano o programa de Matemática era bem mais extenso do que o actual. E ele foi cumprido na integralidade e numa escola oficial. Isto foi em 1982. Pq agora esta redução drástica? E pq efectivamente temos que continuar a alimentar uma série de universidades com alunos para terem um grau de Lic/Dr? Não precisamos disto. E tudo está feito neste sentido. Deveríamos seguir o exemplo de outros países e acabar com essa mama das univ's dando lugar no ensino secundário a outro tipo de formação, mais dirigida e aplicada nalgumas áreas.
Só um reparo: Em 1991, em Dublin, comprei por curiosidade, uma sebenta de exames de Matemática para candidatos "com o 12º Ano" que queriam ingressar na Universidade. Os exames eram a sério. Já repararam na Irlanda actual?
Solrac, desculpa a extensão do comentário.
Hugzzz Matemáticos
KraaK:
estou de acordo contigo!
mas afinal o que se passa?
cá para mim é pura e smplesmente (ou quase) a desqualificação social do professor (que noutros tempos respeitavamos e até temiamos!)
o respeitinho era muito bonito e havia que saber para se passar de ano!
agora? o "menino" não quer? ok! tá bem!
e professores a levarem na cara não faltam por aí!
e até os há bons!
culpe-se a sociedade civil (os paisinhos!) que já de si têm medo das coitadinhas das ninhadas!
isto ficava muito longo...
há muitas outras explicações, mas ficam para outra vez!
Com esta questão/debate da matemática demonstra-se a utilidade do FAz Tudo.
Todas as explicações são válidas, granjeando maior ou menor validade quanto mais se afastam do domínio subjectivo de quem as apresenta.
Concordando no essencial com tudo o que até aqui tem sido escrito, parece-me fundamental destacar, ainda que seja politicamente incorrecto, sobretudo se entendido com alguma linearidade, a natureza coerciva da educação e do ensino. Será certamnete diminuto o número de jovens que, de livre e espntânea vontade se entrega ao estudo de um assunto convocando, e aqui refiro-me fundamentalmente à matemática, quase exclusivamente operações de tipo formal. Por vezes nem os adultos conseguem ter essa disciplina intelectual. Por esse motivo a obrigação é condição "sine qua non" de comportamentos conducentes a essa disciplina, ela própria fruto de sucessivas e complexas aprendizagens. Em suma chame-se obrigação, imposição ou, em última análise, agora já mais politicamente correcto, motivação , estamos no imenso oceano das categorias epistemológicas da pedagogia, ele próprio por vezes epistemologicamente confuso. Será este último estado a causa primeira do insucesso na matemática (e no resto)?
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