É Páscoa!
É tempo de recordar o calvário de Jesus.
Crê que a grande maioria das pessoas tem nos livros de recordações, estórias de visitas pascais, compassos, de novos ou idosos padres que desde manhã cedo e até tarde da tarde, visitavam as casas, benzendo-as, dando o "Senhor" a beijar e com a comitiva comerem, nem que simbolicamente, beberem um cálice de "vinho fino" e receberem o envelope com a contribuição possível.
As casas engalanavam-se de colchas às varandas e janelas, pétalas à porta de entrada e a excitação da miudagem era notória, até porque ansiavam pelo folar dado pelos padrinhos!
Comiam-se amêndoas e pão-de-ló! agora são gigantescos ovos de chocolate que mais parecem objectos astronómicos da cintura de Kuiper que, jamais compraria na vida e que fazem as delícias de quem os vende!
Eram tempos de inocência, mas também de sacrifícios e revolta!
Hoje, perderam-se as referências (boas ou más) e antes que o padre venha, antecipado das campainhas, vai-se até ao Brasil ou Caraíbas apanhar Sol e arejar o "cartão".
O Faz Tudo não é saudosista e vivendo na cidade grande, só se apercebe da festiva data, porque no escritório, os amigos e clientes já há dias que se andam a despedir, desejar "boa Páscoa" e que para a semana estarão de volta.
Colchas não vê!
Pétalas muito menos!
Mudam-se os tempos, mudam-se os modos! e as modas!
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Agora vai lá baixo (não, não é ao Algarve, é à estação do oriente) buscar a sogra que se vem instalar por uns tempos na sua maison!
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