(tirada de aqui)
Desde há muitos, muitos anos que se habituou a ver a estátua (busto) dedicada a Cesário Verde.
Durante anos não lhe ligou importância de qualquer espécie.
Fruto da idade e da vida gozona sempre exigente, ia-lhe passando ao lado.
Soube depois que teria sido poeta!
A curiosidade aguçou-lhe a vontade de o descobrir.
É então que sabe que lhe chamaram o "O Poeta da cidade de Lisboa", contemporâneo de João de Deus, Guerra Junqueiro, Malhoa, Fialho, Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro, mas acima de tudo do seu grande amigo Silva Pinto (este que lhe viria a publicar o "Livro de Cesário Verde").
Cruza-se igualmente com a peste e a tuberculose, esta que o acaba por matar, em 1886, deixando versos incompletos.
Poetou, sendo mal digerido pela crítica de então, o seu mais famoso poema, publicado aquando do 3º centenário da morte de Camões, O sentimento de um ocidental, que mais não é que um narrativo autobiográfico.
Afirmando-se como opositor do lirismo tradicional, falou essencialmente da cidade, amor e mulher, mas detendo-se com mais vigor na temática da cidade que, devido ao desenvolvimento capitalista, a fez perder o encanto da sensualidade, tornado-a fria e subjugada.
Há quem o veja como o grande precussor de Fernando Pessoa, mas decisivamente influenciou poetas posteriores.
Fica aqui apenas uma homenagem a um homem que prematuramente morre (31 anos), quando poderia dar ao mundo das letras um contributo que poucos terão dado até hoje!
E parece ao Faz Tudo que continua esquecido!
Nasceu em 1855, morreu em 1886.
2 comentários:
Passei aenas para deixar um abraço... e desejar bom fim de semana!
Así que pasen cien años. Tal vez.
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