Tal como o pêndulo de Foucault que, no seu vai-vem eterno, vai rodando ao ritmo das horas, também o escriba oscila ao longo das jornadas.
Movimentos lentos, elegantes em que quantas vezes o ritmo parece acelerado, mas que inexoravelmente se passa ao compasso das horas.
O Tempo, neste Espaço vai-se matando, ora enraivecido e rápido, ora numa lentidão de mar aberto, calmo e sem tormentas.
Marinheiro da vida, o Faz Tudo, vai-se quedando ondular ao sabor das vagas e seus caprichos.
Tem tendência para usar o piloto automático e deixar-se ir ao sabor das venturas e desventuras, mas com o controlo remoto por perto, para acertos pontuais.
A rota, tem conseguido, embora por vezes com rajadas poderosas e traiçoeiras, levá-la avante.
Tenta afastar-se, tanto quanto pode, dos perigos de terra perto.
Não se admira pois que com tantos anos de náutica pratica, antecipe e preveja (redundância) o tempo que se vai sentir.
Vai calmo, contra correntes e marés, ou não, tal como o pêndulo na sua quase metrónica cadência!
E hoje esteve um belo dia de navegação!
2 comentários:
Vim à deriva e encontrei aqui os instrumentos. Que belo dia para navegar!
"Tanto Mar, Tanto Mar!
Sei também quanto é preciso pá,
Navegar, Navegar,
Canta a Primavera pá!"
Recifes de belos corais há.
Com as vagas e acelerada erosão,
Nem vale a pena encalhar lá.
Não é motivo de preocupação!
Mantenha a rota Capitão,
Boa Páscoa
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