Será com certeza que alguns dos leitores do Faz Tudo, ao lerem estas linhas, vão regressar ao passado!
Lembram-se das tertúlias no VáVá, na altura ainda com uma espécie de entrelaçado de palha no tecto? Quantas “conspirações” ali se fizeram!? Ali se encontravam tantos e tantas com ideias revolucionárias ou simplesmente alimentando os desejos de mais logo, ao princípio da noite, se encontrarem para outras actividades pouco ligadas à política...
E na Mexicana, ao fim da tarde, um corrupio de gente bonita, passeando-se, mostrando-se...
E na Suprema?
E na Sul América?
E no Roma?
Lembram-se das tertúlias no VáVá, na altura ainda com uma espécie de entrelaçado de palha no tecto? Quantas “conspirações” ali se fizeram!? Ali se encontravam tantos e tantas com ideias revolucionárias ou simplesmente alimentando os desejos de mais logo, ao princípio da noite, se encontrarem para outras actividades pouco ligadas à política...
E na Mexicana, ao fim da tarde, um corrupio de gente bonita, passeando-se, mostrando-se...
E na Suprema?
E na Sul América?
E no Roma?
E na Granfina?
E na cervejaria do Hotel Roma, aberta, como todos os outros, até altas horas da madrugada ? Aí se comiam ovos cozidos com mostarda e se bebiam umas imperiais divinas, no meio de uma disposição a rondar os céus!
E dos “tasquitos” da Av. de Paris, onde se comia por dez reis de mel coado ! A Central de Paris, o Melim, o Sindral, o Cunha, locais onde o Faz Tudo dava ao dente à hora de almoço, sempre bem acompanhado! Fazendo figura de lorde, pagando a despesa! (podera, era barato!).
O à-vontade com que se passeava, a quantidade de gente que se conhecia, as reuniões mais estapafúrdias a que se ia, as festas particulares onde se entrava, quantas vezes sem convite!, o pessoal que aparecia em casa do Faz Tudo!
O silêncio que se fazia para ouvir a BBC, por volta das 11 da noite, com as notícias frescas da actualidade política portuguesa!
Tudo isto era um pouco da Lisboa que amávamos, que vivíamos, que comíamos com os olhos e nos divertia ao infinito.
Mudam-se os tempos, mudam-se os modos!
Hoje aquela zona é cinzenta!
Hoje aquela zona não tem vida!
Hoje não apetece ir aqueles sítios!
Mas se souberem para onde se deslocou aquela mentalidade, digam, que o Faz Tudo agradece!
E na cervejaria do Hotel Roma, aberta, como todos os outros, até altas horas da madrugada ? Aí se comiam ovos cozidos com mostarda e se bebiam umas imperiais divinas, no meio de uma disposição a rondar os céus!
E dos “tasquitos” da Av. de Paris, onde se comia por dez reis de mel coado ! A Central de Paris, o Melim, o Sindral, o Cunha, locais onde o Faz Tudo dava ao dente à hora de almoço, sempre bem acompanhado! Fazendo figura de lorde, pagando a despesa! (podera, era barato!).
O à-vontade com que se passeava, a quantidade de gente que se conhecia, as reuniões mais estapafúrdias a que se ia, as festas particulares onde se entrava, quantas vezes sem convite!, o pessoal que aparecia em casa do Faz Tudo!
O silêncio que se fazia para ouvir a BBC, por volta das 11 da noite, com as notícias frescas da actualidade política portuguesa!
Tudo isto era um pouco da Lisboa que amávamos, que vivíamos, que comíamos com os olhos e nos divertia ao infinito.
Mudam-se os tempos, mudam-se os modos!
Hoje aquela zona é cinzenta!
Hoje aquela zona não tem vida!
Hoje não apetece ir aqueles sítios!
Mas se souberem para onde se deslocou aquela mentalidade, digam, que o Faz Tudo agradece!
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