O Faz Tudo leu ontem à noite na Revista do Expresso, um artigo, de cujo autor sinceramente não lembra o nome, onde rememorava a sua estadia, em Vila Real, no início da década de 60.
Um pedaço de prosa, com uma cor tão nítida, tão nítida que fez com que por momentos estivéssemos também lá!
E curiosamente na mesma altura!
O Faz Tudo morava exactamente numa casa encostada à "Casa de Diogo Cão", quase no início da Av. Carvalho Araújo.
Era o aluno que em distância ao liceu, estava em número dois. Pois havia um outro cuja porta de casa era a 10 metros do portão do "Camilo Castelo Branco".
O Faz Tudo recorda que pouco tempo antes aparecera a Televisão!
A meia dúzia de metros de sua casa, havia uma loja de electrodomésticos que ainda antes da 1ª. Emissão já apresentava uma quantidade enorme de receptores, prontos a ser vendidos.
Estavam sempre ligados! O que se via? Só "chuva"!
Até que chegou o almejado dia!
Portas fechadas, vidros das montras tapados com jornais velhos, cadeiras dispostas em linha para os "convidados" (presumo que potenciais primeiros clientes)! Sem direito a croquete.
Memorável esse dia (noite)!
As damas de toalete e os cavalheiros a fazer pandam, ante o mal disfarçado entusiasmo do comerciante.
Não sei quantos aparelhos vendeu nesse dia, mas deve ter feito negócio chorudo!
A partir daí, o Faz Tudo e a malta amiga ia aos fins-de-semana, à tarde, para a cave da "Gomes", onde com um galão e umas deliciosas fatias duma espécie de pão de ló molhado (um manjar dos deuses!), via os palhaços no écran, cuja actuação finalizava, invariavelmente, com "la campanera" !
A hora da janta aproximava-se, mas ainda dava tempo para uma volta até à Rua Direita (que como todas é torta!), para fingir ver as montras, não sem antes entrar na tabacaria do Bragança e comprar o "Condor Popular".
Que o Faz Tudo se lembre, nunca em casa dos seus Avós (onde vivia) houve televisão! Uma vez por outra convidavam-se para uma sessão privada no referido estabelecimento.
Era a Emissora Nacional a escutada, preferencialmente no canal que dava música clássica.
Foi assim que nasceu para a Televisão, que agora detesta!
Foi assim que nasceu para saber ouvir música clássica, de que ainda gosta!
A partir daí, o Faz Tudo e a malta amiga ia aos fins-de-semana, à tarde, para a cave da "Gomes", onde com um galão e umas deliciosas fatias duma espécie de pão de ló molhado (um manjar dos deuses!), via os palhaços no écran, cuja actuação finalizava, invariavelmente, com "la campanera" !
A hora da janta aproximava-se, mas ainda dava tempo para uma volta até à Rua Direita (que como todas é torta!), para fingir ver as montras, não sem antes entrar na tabacaria do Bragança e comprar o "Condor Popular".
Que o Faz Tudo se lembre, nunca em casa dos seus Avós (onde vivia) houve televisão! Uma vez por outra convidavam-se para uma sessão privada no referido estabelecimento.
Era a Emissora Nacional a escutada, preferencialmente no canal que dava música clássica.
Foi assim que nasceu para a Televisão, que agora detesta!
Foi assim que nasceu para saber ouvir música clássica, de que ainda gosta!
Vila Real, Oh! Que linda és!
Tens o Corgo aos pés, em adoração!
Beija-te o Cabril!
Abraça-te o Marão!
1 comentário:
gostei imenso do seu blog. tanto que fiquei a ler os posts anteriores e agora não tenho tempo para dicas. logo seguem por mail.
um abraço
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